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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Marituba - Longa e Tenebrosa Estrada

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Velho/Novo ginásio de Esportes jamais terminado

Para uma cidade montada na beira da estrada e para alguns quilômetros de Belém, Marituba parece um amontoado de casas mal construídas (digo sem planejamento) que vao despontando rumo ao futuro caótico onde o poder público é refém de seu próprio amadorismo e ganância.

Desde da sua emancipação a cidade pouco andou para frente, aliás, nesse sentido, retrocedeu. Já teve estádios de futebol (amadores) belos igarapés, cinema e cines teatro além da estrada de ferro. Hoje dominada pela falta de infra estrutura em hospitais públicos, pela ausência de uma politica que traga alternativas de emprego para uma população que vive da informalidade ou trabalha na capital e a falta de apoio a cultura (sem a mascarada postura elitista de selecionar apenas os “seus”) além disso, outra grave problema que não é exclusivo da cidade assola…Drogas.

Marituba já é vista como uma das mais violentas cidades da região (claro a imprensa transforma isso num espetáculo midiático) e seus dependentes químicos se esbarram pelas ruas pouco iluminadas a procura de poucos trocados ou de vítimas casuais para furto de objetos a serem trocados nas instituições capitalizadas para isso.

Se por um lado o cenário é desolador (e é) Marituba tem desdá sua existência um vocação para as artes. Grupos de teatro, bandas, grafites, grupos de poesia e carimbó fazem parte da história da cidade e pauta sua relevância no cenário metropolitano. Em meio ao descaso do estado a arte transborda nos bueiros abertos e onde reina a corrupção mistura-se longas caminhadas de seus artistas marginais por conveniência.

Nesse ponto, Marituba vive um contraste invisível. O incentivo a cultura é vazio e pouco dialogia com a vanguarda e suas reflexões (não se pode esperar outra coisa do estado) e a dita “vanguarda” parece pouco disposta a se organizar para retomar seu espaço. Um dilema sempre revisto nas “mesas” de discussão underground que parece durar a eternidade.

A verdade é que sem o apoio do poder público os movimentos da cidade tendem a se esvaziar de ações, o que deveria ser ao contrário, sabendo que o poder do estado tem interesses superficiais em relação a arte e sua parcela fica na esfera do entretenimento e não é de sua vocação qualquer ruptura com a máquina capitalista; os movimentos na cidade deveriam se unir, em coletivos e movimentos de ação e estudo (algo que soa acadêmico se você apenas quiser teorizar mas que é fundamental para a estrutura do argumento das ações) e  estudar (com projetos, ações coletivas, oficinas, performances, panfletagem, rádio, internet etc......)  uma maneira de se inserir no campo social e  para a melhoria da vida das pessoas naquilo que cabe ao artista, levar sua arte e fazer que ela ajude no processo de humanização e integração da pessoa com ela mesma ao ponto que ela se liberta dos grilhões da mídia televisiva, da propaganda, da força politica desdenhosa com os assuntos de interesse mútuo, com os traficantes e suas vidas cheio de luxo em nome da desgraça de famílias, dos jovens envelhecidos pela sua própria ausência de sentido em viver um uma cidade que pouco se importa com o ser humano e onde a banalização da vida é so reflexo do mundo em que vivemos hoje.

Cabe a todos o amadurecimento para encontrar a razão de existir de uma cidade que pode melhorar se as pessoas acreditarem nelas mesmas, nas pessoas ao redor que podem ajudar e no futuro. Sem isso, viver em Marituba pode se tornar insuportável.

 

João Leno Lima

21-12-2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

dia de chuva

pardal e ckaluart, artistas plasticos
bicicletada em belém
ação
video-arte produzido no atelie cultural corredor polonês .
video-arte produzido no corredor polonês durante programação.

Pela Mídia Invisível

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Por: João Leno Lima

 

 

Quem sabe um “jornal invisível” ?

Mídia tática mais que uma alternativa para uma gama de informações cada vez mais falseadora e manipuladora é uma alternativa dentro da própria sufocação da verdade que é síntese do estado de coisas do nosso mundo.

Os ultimos acontecimentos com o WikiLeaks e os jogos politicos e acusação de manipulação de vários institutos de pesquisa na última eleição no país mostram que se tem alguem em quem confiar, a mídia não é esse “alguém”.

Dominada por interesses corporativos, publicidade selvagem em nome do consumismo como base da felicidade de uma sociedade doente nos soterra e com pouco ar e pouca luz somos submetidos a verdade “oficial” ditada por governos cada vez mais dispostos a falsear a democracia, uma democracia conveniente ao bolso-buraco negro do capital.

Obvio? elemantar?

Negativismo e factoides espetaculares (como a verdadeira sociedade do espetáculo) pulam de dentro das páginas dos jornais. O mundo múltiplo se encarna cada vez mais nocivo, mais letal, o estado cada vem atuando com mãos fortes as pessoas cada vez mais refens do invisível, da esquizofrenia do amor e do sexo, da pertubadora obrigação de ter que “vencer” o “sucesso” é fundamental para a leitura de um bom cidadão, so quem fica para tras é aquele incapaz de acompanhar os processos. Não há questionamentos, não há tempo para dúvida, anarquismo psiquico ou comida na mesa? filosofia ou curriculo em todas as empresas?. Mão de obra barata ou falta de computador para falar com os amigos indefesos do outro universo? ordem? bopes estabalecendo a “segurança nacional”? terrorismo de um estado de ditadura inosciente. E o homem, ser selvagem  por natueza e capaz de romper e se recriar por natureza é uma criança enjaulada no circo do poder.

Mas, como disse no começo, quem sabe um “jornal invisível” ?

Mídia terrorista-subliminar, noticiais que interessem ao mundo mágico dos loucos, vulgo, TODOS, matérias quem iludam, não com mentiras mas com verdades indemostráveis (a ciência e os materialistas brandam! útopico!) mas  o Jornal invisível nao se calará, mostrará, não seu próprio interesse, mas a ironia do que é o “interesse maior” ruas abandonas e obras inacabadas? e o que é mais ironico…Nada é importante.

Anaco-notícias em forma de poesia e sangrando e expulsando a sede, sim, a sede pelo nagativismo ( basta abrir os cadernos policiais e verá a banalização da vida e das relaçoes humanas)  Ilusão de ótica? falacias cotidianas?. Mas se nada é importante porque iriamos nos importar em sermos fieis a “realidade”. Assumimos que há múltiplas realidades e dentro delas respeitamos que o ser humano deve ler-ser-viver-agir conforme sua selvageria espiritual não-entubada pela publicidade, a imposiçao em nossas crianças pela ultra tecnologia vazia, pela febre dos descontos daquilo que realmente não precisamos. Mas, o que precisamos? o ser humano, o ser mais inquieto da via lactea precisa aprender a ser livre. Nas escolas, nos parques, nos onibus ou no banheiro de casa, o exercicio de pensar por si mesmo deve ser retrabalhado para as próximas gerações. Outras sistemas, outras alternativas de mídia, a anarquia não como fobia implantada para chama-la de desordem. Mas como uma lei da dualidade humana em sua plenitude.

O Jornal invisível mostrará o que aqueles que contam o seu lado da história, digo, o lado “oficil” não querem mostrar. O sonho, o utopico, o ludico, o iracional, o anarquico, o livre, até a mais sincera liberdade de apenas gritar para ninguem ouvir ou como diz o poeta:

PARA QUE TODOS OUÇAM MEU SILÊNCIO.

 

 

 

09-12-2010

terra firme

hoje pela manhã, umas oito e meia, a policia e a imprensa estavam no posto de saúde da terra firme. deveria ser alguma denuncia a respeito da insegurança que cerca o bairro e faz com que até a saúde se sinta ainda mais doente. médicos, enfermeiro e funcionarios pedem transferencia do bairro. são assaltados a qualquer hora e morrem de medo.ainda tem a falta de estrutura do próprio posto médico. o prédio não presta, não existe estrutura nem pra fazer um curativo, a dentista nunca mais teve como trabalhar por falta de material. o lugar entrou numa reforma tapa buraco eterna e até a ginastica dos idosos foi cancelada.uma maravilha...